É feriado de páscoa.
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A maioria das garotas foram para suas casas, mas é logico que e eu fique aqui sosinha, ou melhor, com mais algumas perdidas.
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Mas enfim, depois daquela aula de álgebra, a menina que estava sentada do meu lado - aquela mesma de quem eu estava falando - se ofereceu para me ajudar com os horários, classes e coisas do tipo; e mais tarde naquele mesmo dia ela já estava me contando seus segredos mais íntimos - não que eu estivesse interessada -, e deis de então tem me seguido por ai como uma sombra. ____________________________
______O nome da garota é Phoebe Straghtford; acho que ela percebeu que eu havia feito todos os exercícios da apostila, mas seja como for, hoje durante o almoço ela me convidou para uma festa que vai acontecer mais tarde no bosque dos fundos da escola; acho que vai ser algum luau ou coisa parecida. Eu vou, mas não porque eu esteja animadíssima para conhecer os caras do 3° ano, é só mais uma daquelas coisas quem você tem fazer; - não é só porque eu descobri que metade do meu mundo não é real, que vou me esconder em uma caverna e me isolar do mundo. Afinal não há mais como se viver sem esse tipo de hipocrisia nos dias de hoje.
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Aliais, sendo bem sincera, sou um bocado fútil até certo ponto; não é que ache que aparência é tudo na vida, soeu mais aquele tipo de garota que sempre esteve no topo da piramide, mas porque lá é o melhor lugar para observar e controlar os outros, sem que eles percebam; sem falar que não tem nada mais divertido do que mexer com a cabeça dessas menininhas ridiculas. Quer dizer, ela praticamente pedem para serem manipuladas, fazendo filas para te idolatrar, e acham que sõ bastante esperta por tudo isso; coitadas...
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Antes de descobrir que era louca, nunca tinha raciocinado sobre isso antes, aliais sobre varias outras coisas, nunca tinha raciocinado muito sobre nada; eu simplesmente fazia, deis de que me lembro, sem pensar muito bem no que. Mas nunca tive vergonha de dizer que manipulosas pessoas. Provavelmente porque nunca tive nenhum amigo de quem realmente gostasse... Nenhum real.
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Todas as pessoas que se aproximaram de mim sempre tinham alguma segunda intenção; sempre achavam que iriam tirar algum proveito das coisas que faziam por mim. Todas aquelas amigas feias e burras, e todos aqueles caras estúpidos e super populares do time do colégio; o sentimento que eu tinha com eles e mais ainda, o que eles tinham por mim era tão real quanto o que eu tenho com meus “demônios imaginários” hoje em dia. E não acho que as coisas vão mudar muito agora.
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Mas enfim, finalmente pus uma foto minha.
Essa tirei durante a viagem que fiz com tia May para os Estates. Achei que seria bom que vocês - se é que tem alguém - soubessem como realmente sou, só para não ficarem pensando que só porque sou louca pareço uma. Tenho muito orgulho da minha mascara sabe, demorei anos para construi-la. Para falar a verdade, isso deveria ser conciderado uma arte.
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Ah sim! Essas cicatrizes ai no me rosto são de um incêndio que houve na minha antiga casa; tenho varias marcas como essa pelo corpo, foi sorte eu ter sobrevivido, tinha só quatro anos. Foi quando perdi meus pais, mais ou menos a partir daí que eu comecei a enxergar coisas que não existiam, foi quando perdi meus pais, e passei a viver com tia May.
Acho que amanha fazem doze anos que isso tudo aconteceu.
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